SAÚDE MENTAL…QUEBREMOS O SILÊNCIO!

O silêncio, ironicamente e antagonicamente, pode dizer muito! Pode ser, na verdade, a expressão de algo muito profundo e angustiante. Um olhar vazio, uma postura curvada e de prostração, um caminhar solitário representam um pedido de ajuda que fica enclausurado no receio e no medo… do olhar condenatório do “alter-ego” e do próprio “ego”! O problema não será, de facto, reconhecer em si o próprio medo? Haverá forma de o desmitificar para o ultrapassar?

Em pleno século XXI, em que se aclama a necessidade de investir no ramo da saúde mental, em que nunca estiveram tão em voga as terapias holísticas, em que o “coach” motivacional se transformou numa figura essencial dos diversos setores da sociedade (incluindo na área desportiva), estranhamente, a taxa de suicídio aumentou, as relações interpessoais são mediadas por equipamentos eletrónicos, o isolamento, diremos mesmo, o abandono social nunca foi tão explícito nas várias notícias espalhadas pelas comunicações sociais.

Centremo-nos no ambiente escolar, uma representação em escala inferior da sociedade. As palavras “ansiedade”, “stress”, “exclusão”, “discriminação”, “bullying”… nunca ecoaram tão alto. Promove-se o trabalho colaborativo/ cooperativo, centrado em valores éticos matriarcais. Treina-se, com os mais amplos e diversificados projetos, o espírito de entreajuda, de solidariedade e de colaboração. Contudo, esses flagelos persistem. Como reverter a situação?

Simplesmente temos de ser, de estar e de nos relacionarmos de forma verdadeira e sincera, sem imposições, sem tecnologia, sem filtros! Temos de priorizar o plano real ao virtual. Temos de nos olhar verdadeiramente, temos de COMUNICAR de forma direta com palavras, com olhares, com a nossa linguagem corporal. Não devemos ter medo de ousar, de apostar, de arriscar, de nos descobrir, de nos dar a conhecer e de nos aceitarmos como somos! Devemos vencer o MEDO, assumindo esse sentimento de sobrevivência como parte integrante e necessária do nosso processo de construção identitária.

NÃO FIQUEMOS EM SILÊNCIO. NÃO DEIXEMOS NINGUÉM NA PENUMBRA DO SOFRIMENTO!

Turma 11ºO e a docente de Português Cristina Leitão